sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CAMBONOS: OS MÉDIUNS DE SUSTENTAÇÃO

Cambono é um secretário das entidades. Ele zela pelo bom atendimento, ajuda a dinamizar as consultas, facilita o trabalho das entidades e serve também como intérprete destas.
O cambono, na verdade, é um médium em desenvolvimento ou que não incorpora. Também podem ser utilizados os outros médiuns em regime de escala. O seu trabalho dentro do Templo é tão importante quanto o dos demais médiuns e, mesmo sem estar incorporado, ele é parte integrante de todo o trabalho espiritual, pois os Guias Espirituais se utilizam dele para retirar as energias que serão utilizadas no atendimento aos consulentes. Muitas vezes, um Guia Espiritual tem dificuldades de adentrar no íntimo do consulente devido à densidade energética presente na pessoa e lança mão da presença do cambono e, através deste, fazendo como que “uma ponte”, consegue auscultar o íntimo da pessoa.
Como o trabalho do cambono é de secretário, ele deve, antes de tudo e se possível com um dia ou mais de antecedência, deixar preparado todos os apetrechos de trabalho que costumam ser utilizado pela entidade a qual irá cambonear. Ele precisa saber os hábitos de trabalho da entidade em dias de atendimento ou, se for a sua primeira vez, deve se informar sobre o que precisará ter em mãos, caso seja pedido, evitando assim atrasos desnecessários durante as consultas. O cambono, na verdade, precisa ter conhecimento de todo o culto e de todas as entidades, precisando, então, prestar muita atenção à atuação delas durante as giras.
Sempre que solicitado, o cambono deve ajudar as entidades a se comunicarem com os consulentes, desde é claro, que seja treinado para isso e também que seja muito atento a tudo o que a entidade solicitar. Na verdade, o cambono, em alguns casos, poderá explicar de uma forma mais simples ou mesmo interpretar o que for dito para que o consulente não distorça as palavras das entidades. Lembre-se de que para este trabalho o cambono deverá ser preparado em uma espécie de estágio nas Giras de desenvolvimento para que possa saber como as entidades trabalham.
O cambono, antes de qualquer coisa, é pessoa de extrema confiança do Pai ou Mãe da casa, assim como da entidade que estiver atendendo; portanto, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que não faça parte dos procedimentos normais, deve reportar-se ao Guia-chefe ou ao Pai ou Mãe da casa na mesma hora. É por isso que é tão importante, e necessário, que o cambono saiba todos os procedimentos de trabalho e todas as normas da conduta que entidades e médiuns devem ter dentro do Templo.
O fato de auxiliar nas consultas exige que o cambono seja discreto e mantenha sigilo sobre tudo o que ouvir, não se esquecendo de que ali estão sendo tratados assuntos particulares e que não dizem respeito a ninguém além da pessoa que estiver sendo atendida e da entidade. O sigilo é um juramento de confiança que todo o cambono deve ter e fazer.
Sem a ajuda de um cambono, os trabalhos tornam-se lentos e o atendimento aos consulentes ficaria difícil, principalmente se o Templo atender um grande número de pessoas. Para que tudo transcorra de forma satisfatória, a presença de um cambono é de grande necessidade dentro do Templo, mas este não deve jamais confundir a entidade com a pessoa, isto é, ele é cambono do Guia Espiritual e não daquele médium, que é apenas um irmão dentro do Templo. O que ele pode, sim, é perguntar ao médium com o qual trabalha como deve proceder para prestar um melhor atendimento à entidade durante os trabalhos.
Uma prática útil e aconselhável dentro de um Templo é a troca de cambonos entre as entidades. Isto traz um maior aprendizado aos cambonos e também faz com que estes se habituem a tratar todas as entidades da mesma forma, sem criar laços afetivos exagerados. Desenvolver afeto pelas entidades é comum, mas a afinidade espiritual só é saudável se não conduzir à dependência; portanto, o chefe da casa poderá decidir-se pelo trabalho alternado e, nesse caso, deverá fazer com que todos saibam disso com antecedência.
De vez em quando, todos médiuns, mesmo aqueles que incorporam, deveriam trabalhar como cambonos para poderem aprender mais e desenvolver a humildade, que é a característica mais importante que um médium deve ter.
Obs: Somente o Guia-Chefe deverá ter um cambono fixo e da confiança do sacerdote, pois provavelmente participará ativamente de todas as resoluções tomadas em relação a médiuns e ao Templo. Normalmente, o Guia-Chefe requer certa rapidez e presteza em seus atos e atendimentos, e só um cambono fixo poderá se prestar eficientemente como auxiliar.
Materiais básicos que os cambonos precisam ter durante os trabalhos:
  • Uma malinha (tipo mala de ferramentas), para colocar seus apetrechos de trabalho.
  • Uma sacolinha, pendurada no pescoço, com todo o material necessário para o atendimento imediato dos guias, como: isqueiro – caneta – bloquinho de papel, etc.
  • Um pano de cabeça (se for de uso do seu Templo).
  • Uma toalhinha branca (para higiene)
Veja bem: esta é uma lista de material utilizada normalmente. Desde que saiba qual entidade irá cambonear, o cambono deve saber se ela usa materiais específicos, tais como ervas, velas, bebidas, ferramentas de trabalho, etc. e se organizar junto ao médium com o qual trabalhará para ter tudo por perto.
É importante saber que todo o material de uso das entidades é de responsabilidade do médium que a incorpora e que o trabalho do cambono é estar atento para que este material não falte ou acabe, devendo comunicar o médium com antecedência quando o material estiver acabando.
Obs: O Cambono é um auxiliar do Templo e não um empregado dos médiuns. A educação e a lisura devem estar presentes a todo instante.
O QUE É SER UM CAMBONO
Os Cambonos são médiuns de sustentação, e são tão importantes quanto os médiuns ostensivos (de incorporação mediúnica) nos trabalhos de uma Casa Umbandista; eles também devem seguir certos procedimentos e ter a mesma dedicação e responsabilidade.
O Cambono, médium de sustentação, é aquele trabalhador, com mediunidade ostensiva ou não, que está presente ao trabalho, mas que não participa diretamente do fenômeno nem dos procedimentos de incorporação mediúnica para atendimentos.
Como o próprio nome diz, embora não esteja envolvido diretamente no fenômeno ou na assistência, faz a sustentação energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório elevado por meio de pensamentos e sentimentos elevados.
Ao contrário do que se pensa, os médiuns cambonos de sustentação são tão importantes quanto os médiuns de incorporação, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os médiuns de atendimento fazem a sua parte e desenvolvem o trabalho assistencial
Além disso, são eles também que ajudam os médiuns de incorporação, como já foi escrito linhas acima.
Considerando esse papel, podemos listar alguns requisitos importantes para os médiuns de sustentação:
Responsabilidade
Tanto quanto o médium de incorporação, o médium cambono de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas médiuns ou não.
Firmeza mental e emocional
Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium cambono de sustentação deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho e dos outros trabalhadores.
Equilíbrio vibratório
Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono, médium de sustentação deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.
Para isso, deve observar sempre a prática do Evangelho no Lar, ou algo similar, bem como a preparação necessária na noite que antecede o trabalho e no dia propriamente dito, cuidando do descanso, da alimentação, da higiene física e mental, dos banhos ritualísticos, da firmeza da sua guarda, etc.
Compromisso com a casa, o grupo, os Guias Espirituais e os assistidos
O cambono, médium de sustentação deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem alguns compromissos a serem observados:
• Com a casa que trabalha: conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de seguí-los. Explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro da casa; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição.
• Com o grupo de trabalhadores em que atua: evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou o seu coordenador; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento do trabalho.
• Com os Guias Espirituais: lembrando que eles contam também com os médiuns cambonos de sustentação para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência. Os Guias Espirituais devem ser atendidos com presteza e respeito.
• Com os assistidos: encarnados e desencarnados, que contam receber ajuda na Casa e não devem ser prejudicados pelo não comparecimento de trabalhadores. Todos deverão ser recebidos e tratados com esmero, dedicação, respeito e educação.
Ausência de preconceito
O cambono, médium de sustentação não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os dirigentes, mentores, etc.
Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.
Discrição
O cambono, médium de sustentação nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores, e somente no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos.
Coerência:
Tanto quanto o médium de incorporação, o cambono, médium de sustentação deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de entidades desequilibradas, no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.
Como vemos, as responsabilidades dos cambonos, médiuns de sustentação são as mesmas que a dos médiuns ostensivos, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.
CONCLUSÃO
Como vimos, não é tão fácil ser um cambono. Para ser um, é preciso aprender tudo sobre os Orixás, os Guias Espirituais, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar para, depois, se for o caso, ser um bom médium de incorporação e alcançar a evolução espiritual até o Pai Maior
Fonte:
 
TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO: O ABC DO SERVIDOR UMBANDISTA
 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lenda da Rainha das Sete Encruzilhadas


Foi uma Rainha no seu tempo na terra, diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um Rei Francês que a tornou Rainha. Passou-se alguns anos e o Rei veio a falecer. A rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados porque ela não teve filhos para deixar o trono como herança e tampouco parentes sangue azul para substituí-la após a sua morte. Devido a tenacidade da rainha o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita preocupação para a política da corte, então o conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e trazer ao reinado a paz e a tranqüilidade que já não tinham mais. Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da rainha e dono de um reinado incalculável no oriente e a pediu em casamento, a rainha preocupada com destino da sua corte e pela proteção de seu trono, aceitou a oferta de imediato e logo em seguida casaram-se. Não demorou muito a querida rainha foi envenenada pelo seu atual marido que logo após se titulou o Rei e começou a governar a corte da pior maneira possível. A saudosa rainha após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o limbo devido a faltas graves que na terra havia cometido. Depois de algum tempo na trincheira das trevas do astral a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no astral era conhecido como Senhor das encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e incentiva-la a trabalhar do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando suas dores e guerreando com inimigos astrais... O feito deste casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das encruzilhadas como Rei das Sete encruzilhadas e prontamente o Rei nomeou a sua Rainha. Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seus comandos milhares de entidades subordinadas que fizeram do Reino das sete encruzilhadas o maior reino do astral médio superior.Passou-se muitos anos e o Rei que havia envenenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este foi resgatado pelos soldados da Rainha das sete encruzilhadas e o mesmo foi levado até ela. O homem ainda atônico sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se e a servi-la para o resto da sua eternidade como castigo por ter-la envenenado. E hoje através das suas histórias que compreendemos que o povo de exu não são entidades perdidas do baixo astral e sim entidades respeitadas e de muita importância no mundo astral superior e inferior.
A Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor Maravilha, Vermelho, Preto e Dourado trazendo na mão um cetro de ouro. Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. A Pomba-Gira Rainha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do país como “Dona 7” Se apresenta como uma mulher de meia idade, muito reservada , educada, iteligente e culta. Ao contrários que muitas pessoas pensam... é uma entidade calma e tranqüila, mais quando chega ao mundo para deixar seu recado, traz na garganta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitórias.

MARIA MULAMBO





Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram Reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado. Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.

Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.

Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor. O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país.

O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar. No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés. Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor. Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.

O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu. Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou. A notícia correu todo país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra. Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio. O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescado, onde naquele local,  só faltavam pular fora d’água. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou.

Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo. Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimonia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu. Seu amado nunca mais se casou,cultuando-a por toda a vida, à espera de poder encontrá-la de novo. À espera de poder reencontrar sua Maria. No dia em que ele morreu e reencontrou Maria, o céu se fez do azul mais límpido e teve início a primavera.

Assim a nossa Maria, que agora era a rainha Maria Mulambo, virou lenda; e até hoje é invocada para proteção dos amores impossíveis.

COMO MULAMBO É …
Dona Maria Mulambo mostra-se quase sempre bonita, feminina, amável, elegante, sedutora. Ela gosta das bebidas suaves como vinhos doces, licores, cidra, champanhe, anis, etc. E gosta dos cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho e o destaque. Usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras, etc. Exus e pombagiras dessa linha (estrada) são os mais Brincalhões. Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas brincadeiras devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente.
São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta linha trabalham vários espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita,como também os Ciganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como Exus .

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sr. Sete Encruzilhadas!!


Esse Exu comanda uma das Falanges mais poderosas e numerosas de Exus. Sua aparência astral é a de ser visto como um ente humano normal qualquer, com a característica que está sempre vestido de preto. Esse Exu Rei tem a particularidade de não incorporar, apenas o fazendo os seus comandados e sob as suas ordens diretas.
Esses testas-de-ferro, incorporados usando o nome do Chefe, usam sempre a expressão “meu chefe determinou isso, aquilo, vou consultar meu chefe, isso eu posso fazer, isso eu não posso fazer, (trocam” "chefe" por "superior" ou outra expressão análoga).
Isso não quer dizer que não tenham força. Tem e muita. É comum em seus trabalhos, pedirem para os consulentes colocarem nas encruzilhadas um charuto aceso, uma garrafa de marafo, bem como oferendas diversas.
Em terra, bebe bebidas finas em taças e fuma charutos de boa qualidade. Come carne de todos os tipos.
Incorporado, se apresenta e caminha como uma pessoa normal, sem máscara de sofrimento no médium e gosta muito de receber honrarias, ser servido e ser bem tratado, como só acontece com quem é Chefe. Protege por demais os seus médiuns, dando a eles a intuição do perigo e da desconfiança quando alguma coisa não vai bem.
Sempre deixa patente gostar que seu médium trabalhe mais com ele do que com as demais entidades da Direita da Umbanda.
Sua guia é Vermelha e Preta , trabalha muito com velas pretas , vermelhas, preta e vermelha, Trabalha muito com ervas e na fixação do médium!!
Seu metal:Ouro
Seu mineral:Quartzo branco bruto
Sua erva:Guiné
Trabalha na linha negativa de Oxalá serventia do caboclo Urubatan de Guia

Tranca Rua das Almas e o dia 24 de Agosto


Em muitas casa de Umbanda dia 24 de Agosto é o dia de seu Tranca Rua das Almas vc sabe porque?
Se não sabe eis um texto que pode explicar um pouco.
Não é meu, mas muito útil a nós irmãos do axé:


Tranca Ruas e o dia 24 de Agosto.

Muitos ainda associam a figura de Exu ao diabo cristão. E foram os nossos colonizadores portugueses que influenciaram e denegriram as histórias dos orixás africanos desde a sua instalação em nossas terras brasileiras. Quantos séculos de exclusão receberam os negros e simpatizantes dos ritos afro-brasileiros, associando-os ao culto de demónios.
A Umbanda não se isentou de tal exclusão, e atualmente sofre perseguição acirrada dos adeptos de seitas ditas evangélicas. Uma agressividade que chega às consequências absurdas e destrutivas. Uma perseguição comparada com as de tempos do surgimento do cristianismo, que levava seus adeptos para a condenação à morte.
Esta realidade me depara com revelações feitas pelo Exu Guardião Tranca Ruas. Suas mensagens são carregadas de ironia, em se tratando da real espiritualidade neste planeta.

" Olha aqui menina, quando peço mesa para mim, essa saudação no dia 24 de agosto, não é por causa da vaidade ou querer me diferenciar dos outros irmãos Exus. Tudo tem seu mistério. Ninguém mais fala do Santo do dia, São Bartolomeu, conhecendo o segredo maior. Hoje a porta da revelação está bem aberta, todos podem buscar no escrito, o que eu falo. " fala em tom de desabafo.

"Querem sempre vender imagens de diabo com capa e cartola e colocar no pedestal o meu nome. Imagens que querem reforçar a ideia que sou Belial, a Besta que foi dominada por São Bartolomeu. Esse diabo que segundo a crença de muitos, fica solto no dia do Santo, e assim juntam aquela história mal contada com meu pedido. Nem sabem que nesse dia aconteceu um dos maiores massacres em nome da fé.
As ruas estavam cheias de cadáveres de católicos e protestantes, ambas religiões lutavam por poder e domínio. Minha mesa é para isso! Lembrar que os espíritos se encontram e aprendem a verdadeira ordem dos mundos. Respeito, menina eu peço respeito não é para Tranca Ruas. É respeito pelo espaço de cada um!"

Seu Tranca Ruas
tranca aqui tranca acolá
Só não tranca minha gira
Na hora de trabalhar

Um grande abraço ao meu amigo e compadre Sr. Tranca Rua das Almas
Marcos/Kareca
Salve Exu Guardião Tranca Ruas!

BOIADEIROS


São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do baixo astral, e são aguerridos, demandadores e rigorosos quando tratam com espíritos trevosos.

O símbolo dos boiadeiros são o laço e chicote que, em verdade, são suas armas espirituais e são verdadeiros mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras "armas" usadas pelos espíritos que atuam como refreadores das investidas das hostes sombrias formadas por espíritos do baixo astral.

Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a humildade, boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de forma simples, mas com uma força e fé muito grande. São habilidosos e valentes.

São regidos por Iansã-Oyá e Ogum, tendo recebido da mesma autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada, onde levam cada boi (espíritos) para o seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, kiumbas e etc) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Suas maiores funções não as consultas como as dos pretos-velhos, nem os passes e as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energias" aderida aos corpos, paredes e objetos. É de extrema importância esta função, pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, os boiadeiros "sempre" estarão atentos à qualquer alteração de energia do local (entrada de espíritos negativos).

Portanto quando bradam em tom de ordem como se estivessem laçando seu gado, estão na verdade ordenando os espíritos que entraram no local a se retirarem, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que as presenças desses espíritos muitas vezes interferem nas consultas de médiuns conscientes.

Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhe passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência. Outra grande função de um boiadeiro e manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes.

Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o principal elemento de sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual e seus caboclos atuam nas sete linhas de Umbanda, e são descritos como Caboclos da Lei.

Atabaques : Dentro da ritualistica de Umbanda existe um elemento de grande importância que é a Curimba formada por médiuns que se dedicam ao estudo dos cânticos ritualísticos.

Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da curimba, pois eles regem suas forças e fundamentos.

Os atabaques são formados basicamente por três elementos da natureza: Animal (couro) , Vegetal (madeira) ,  Mineral (ferragens) . Estes elementos por sua vez encontram-se no ambiente (reino) natural destas entidades e a força da curimba no terreiro está justamente em conseguir dissipar as energias negativas, inibir a ação de obsessores e desagregar miasmas e larvas astrais que estejam impregnados no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito maior.

Ervas de Boiadeiro: Alecrim do Campo, Capim-Manteiga, Cravo da Índia, Folha de Manga, Gravata e Chapéu de Couro. 

Saudação“Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro”

O QUE SÃO AS ENCRUZILHADAS?

ENCRUZILHADAS DE CAMINHOS PERDIDOS NAS NUVENS DE UM CÉU IMENSO E NAS ARTÉRIAS DAS VIDAS TERRENAS.
ENCRUZILHADAS DE PENSAMENTOS DISPERSOS E SONHOS QUE PARECEM DEMASIADOS LONGÍNQUOS, QUASE INATINGÍVEIS COMO O CÉU QUE TENTAMOS AGARRAR, MAS QUE NÃO PASSA DE AR QUE SE ESVAI ENTRE OS  NOSSOS DEDOS .
ENCRUZILHADAS..... PONTO DE PARTIDA PARA UMA NOVA ETAPA OU APENAS A CHEGADA A UMA MÃO CHEIA DE NADA.
Muito se fala em encruzilhadas, mas pouco se entende .E isto nos faz lembrar o advento da Umbanda anunciada pelo caboclo 7 Encruzilhadas.
Esse conhecimento se deturpou com os interesses escusos, onde o que é oculto tende a se desfigurar quando os propósitos não são para o bem do universo.
Podemos encontrar as encruzilhadas nos opostos ilusórios necessários para a evolução dos filhos da Terra ,  como por exemplo, o "DIA e a NOITE".
E onde ela está ? Nem no "Dia" e nem na "Noite".
Estaria então, na "tarde"? Também  não, pois a "Tarde", como os filhos compreendem não passa de outra ilusão. Ilusão porque é uma realidade relativa, onde conhecer profundamente a natureza faz com que enxerguemos que Deus é absoluto.
O que nós, seres imperfeitos, insistentemente fazemos é decretar como única a verdade que só existe em nosso ego.O desapego é arma indeferível para que consigamos combater os equívocos  da mente, reencontrando-nos assim, com o Eu interior.
Caminhemos rumo a evolução!
Podemos dizer que a encruzilhada está no cruzamento vibratório de uma coisa com outra .
Como é algo muito abstrato, usamos o exemplo das ruas terrenas. Mas isso não significa  que as Encruzilhadas que nos referimos são as Encruzilhadas das ruas.não!
E é justamente isso que causa muita confusão mental, onde despachos são colocados  no intuito de interceder algo que não esta fora, e sim no interior de cada ser.
Filhos, já é chegada a hora  de entender que não há outra forma de intercessão senão a caridade!
Somente através da caridade se consegue compreender o que são as Encruzilhadas. E como qualquer outro conhecimento, é essencial a prática .
Quando há a prática do conhecimento, emerge a sabedoria .
É preciso vivenciar e assim também é na Umbanda! E esse é um dos motivos pelo qual a Umbanda ainda não foi codificada.
Não foi criada para ser discutida, mas para ser sentida no âmago.
E quando isso acontecer, não só com a Umbanda, mas também com todas as outras religiões, não haverá mais julgamentos, haverá mais tolerância e a caridade em uníssono salvará o planeta Terra!

CABOCLO PEDRA VERDE DO ORIENTE
Trecho da mensagem recebida, por Mãe Vanessa Cabral.